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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Bipolaridade (Convívio e Perdas)

Estou voltando de uma viagem. Fiquei quinze dias ao lado de minha família. Em meio a tantos conflitos que envolvem mãe, filhos, irmãos, sobrinhos, enfim as nossas origens, o nosso sangue, vem uma sensação melancólica relativa ao tempo que vivemos e ao tempo que ainda temos de convivência.

Não que eu não tenha noção da perda e como é difícil superá-la. Acho que cada momento que vivi com aqueles que julgo mais fracos foi intenso. Mas terá sido o suficiente? Fico me perguntando por quê?  A morte realmente assusta e não adianta dizer que não temos medo dela.

Eu perdi um irmão há pouco mais de dois anos. Era uma pessoa super alegre, divertida, vivia de bem com a vida mesmo e uma de suas frases inesquecíveis era: “A morte não faz parte dos meus planos. “A lembrança que ficou dele foi a mais positiva de todas, embora sua alegria e seu entusiasmo nos façam tanta falta... Chega! Não vou mais falar sobre coisas tristes. Não estou deprimida. Estou apenas filosofando e constatando que precisamos aproveitar cada minuto especial que vivemos ao lado daqueles que nãos são especiais.

O Preconceito ainda é muito grande

Por mais que se fale no assunto, na mídia em geral, em livros especializados, infelizmente o preconceito ainda é muito grande e é preciso conscientizar as pessoas sobre o problema.

Hoje eu tive um exemplo típico de preconceito e total desconhecimento sobre o que é o Transtorno Bipolar. Para divulgar o meu blog e também ajudar as pessoas, postei num site relacionamentos o nome do site e como acessá-lo. Para surpresa muitas pessoas que eu julgava terem conhecimento do problema, enviaram mensagens hostilizando o tema e debochando do Título.

Algumas até me mandaram mensagens solicitando explicações sobre a minha postura.

Foi uma decepção terrível. Quero que essas pessoas saibam que sofro sim desse problema, mas não me envergonho. Faço tratamento para amenizar os sintomas; conto com a ajuda do meu companheiro e de toda a minha família no sentido de não ser marginalizado, o que infelizmente acontece em muitos lares e famílias.

Santa Casa abre vagas para crianças bipolares

O serviço de psiquiatria infantil da Santa Casa de Misericórdia do Rio abriu 80 vagas para crianças e adolescentes, entre seis e 14 anos, que sofram de depressão e transtorno bipolar. Os inscritos passarão por uma avaliação com médicos e psicólogos, que levarão em conta o cotidiano e seu relacionamento escolar. Em seguida, elas começarão o tratamento com atendimento terapêutico individual. Os pais também passarão por avaliação neuropsicológica.

De acordo com o chefe do serviço Infanto-juvenil do Ambulatório de Psiquiatria, Fábio Barbirato, a bipolaridade é caracterizada pelos múltiplos episódios de depressão e excitação. As mudanças de humor vão desde oscilações normais, como nos estados de alegria e tristeza, até o desencadeamento de doenças, como depressão e mania excessiva. A inscrição deve ser feita no Ambulatório de Psiquiatria da Santa Casa, de 9h às 12h, na Rua Santa Luzia, 206, no Centro. Informações pelo telefone 2533-0118.

Atriz Catherine Zeta-Jones anuncia que sofre de distúrbio bipolar

A atriz Catherine Zeta-Jones iniciou um tratamento para distúrbio bipolar depois de lidar com o estresse da batalha do marido contra o câncer na garganta. Com 41 anos, ela decidiu se internar em um "estabelecimento de saúde mental", no que seria uma breve estadia, informou sua assessora.

O ator Michael Douglas, que teve um tumor em estado avançado diagnosticado na garganta no ano passado, anunciou em janeiro que estava curado.

Em setembro de 2010, Catherine disse que estava furiosa porque os médicos não conseguiram detectar o câncer numa fase inicial. A bipolaridade, também conhecida como psicose maníaco-depressiva, causa severas mudanças de humor, que geralmente duram semanas ou meses.

- Depois de lidar com o estresse do ano passado, Catherine resolveu se internar para tratar seu problema de bipolaridade - disse Cece Yorke, assessora da atriz.

- Ela está se sentindo ótima e ansiosa para começar a trabalhar esta semana em seus dois próximos filmes. Não foi informado quando Catherine teve a doença diagnosticada.

Nas variações de humor, o distúrbio de bipolaridade pode deixar a pessoa depressiva e com uma sensação de desespero; sentindo uma alegria aguda, e manifestar excesso de atividade e perda de inibição; ou num estado misto, que reúne depressão com a inquietação e atividade excessiva em momentos de euforia.

As causas exatas são desconhecidas, mas já foi descoberto que há uma influência genética, que a doença pode estar relacionada a problemas fisiológicos no sistema do cérebro responsável por controlar o humor, e que o estresse pode desencadear essas variações.

Pacientes que sofrem do distúrbio têm mais de um episódio de depressão severa, mas apenas momentos leves de euforia. Mark Davies, da organização de ajuda a pacientes de doenças mentais Rethink, disse que a atriz mostrou coragem em revelar o distúrbio, já que ainda há um estigma de quem sofre com a doença:

- Apesar de ela poder se sentir frágil e vulnerável nessa situação, ela terá dado conforto a muitas pessoas que provavelmente estão sofrendo em silêncio e sentindo uma grande dose de medo.

Davies afirmou que a atriz deve ser submetida à administração de medicamentos e terapia de fala, cada vez mais reconhecida como eficaz em casos de doença mental grave. Estima-se que cerca de 1% da população mundial sofre de distúrbio bipolar.