musica

quinta-feira, 30 de junho de 2011


MEU LIMITE

Não esperava que ela viesse tão rapidamente, porém sabia que viria a qualquer momento. E por fim, já entrou na minha mente – a depressão - e tomou conta do meu corpo e das minhas sensações. Estou só e não tenho a menor vontade de estar com alguém; quem quer que seja. A solidão nesse momento é o que me cabe. A angústia aumenta no meu peito e por instantes pensei em ir para sempre. Tenho medo, medo de mim, dos meus sentimentos e ao mesmo tempo não quero deixar aqueles que amo de maneira alguma.

Assim como, conscientemente, não quero nem pensar em me separar dos meus. Sufoca-me a idéia de que um dia possa perder mais uma vez alguém que eu amo. Definitivamente percebi que não sei conviver com a morte. Foi assim quando meu pai e meus irmãos mais velhos se foram e creio que será assim para sempre.

Sonho com eles todas as noites. Se eles já não fazem mais parte desse universo terrestre; estão em “algum plano” e nesse plano eu convivo com eles. É loucura? Pensem o que quiserem pensar. Foi a forma que encontrei ou meu inconsciente encontrou para amenizar a falta e a saudade que sinto deles.

Meu pai foi um homem maravilhoso, sob todos os aspectos: um excelente filho, um marido dedicado, um pai perfeito (daqueles que tinha sempre a palavra certa nas horas mais difíceis de nossas vidas), uma das pessoas mais dignas, honestas e inteligentes que conheci. Ele era e será meu eterno ídolo!

Morreu no dia 11 de agosto de 1999, há praticamente doze anos, no Hospital Naval Marcílio Dias, de falência múltipla dos órgãos. Ele sofria do Mal de Alzheimer. Nos últimos meses de sua vida eu dei todo o amor e o carinho que uma filha pode oferecer. E até hoje eu não consigo superar sua perda.

Estou escrevendo e a angústia e a depressão estão tomando conta de mim. Minha vontade é de parar, parar tudo, porém preciso externar meus devaneios e é importante pra mim que possa compartilhar com vocês tudo isso.

Sou bipolar e nesse momento estou passando por uma crise existencial muito forte,
meus batimentos cardíacos estão aumentando. Talvez uma dose mais forte de medicamento resolva meu problema. Mas e enquanto isso? O que faço?? ESTOU NO VAMENTE NO MEU LIMITE !!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011


Vida e Renovação

Com os Bipolares é assim mesmo, há dias que tudo parece tão maravilhoso, sem sombras. É como se o mundo tivesse criado cores e um brilho especial. Não sei se essa fase vai demorar, ou se vai embora tão rápido que me escape pelos dedos essa sensação maravilhosa. Espero que não, pois estou em estado de graça. Há pouco mais de dez dias nasceu minha netinha. É realmente uma sensação indescritível. Uma emoção que parece transbordar do seu coração para o resto do mundo.

Não quero cair em “lugar comum”, mas é impossível não cair porque ser avó é realmente ser mãe pela segunda vez. E você saber que aquela pessoa faz parte agora também de sua história, mexe com todos os seus sentimentos e você começa a fazer planos para aquela criaturinha, tão pura, tão linda ...

Eu viajei para conhecê-la e durante a viagem comecei a pensar, pensar muito sobre a vida e a renovação. Lembrei do nascimento dos meus filhos, da emoção de cada um, da diferença dos sexos (menina/menino). E que os momentos foram bem distintos e vivenciados também de maneira distinta.

A gente constrói paraísos e castelos para nossos filhos. Quer sonhar por eles, mas não pergunta se eles querem o que nós queremos pra eles. E mais tarde vêem as cobranças. É assim mesmo. Foi assim comigo cobrando dos meus pais, é assim com os meus filhos. E será sempre assim por todas as gerações...

A vida é isso, são esses momentos plenos de alegrias, dos nascimentos, das chegadas, do novo, do bonito, do que se espera para o futuro, da família reunida para confraternizar, para celebrar.

Ah e como é linda uma família reunida, todos em volta da mesa para juntos cantar um Parabéns, saborear uma ceia de Natal e Ano novo., desejar uma Feliz Páscoa e trocar presentes e ovos.

Eu adoro isso e confesso que sinto muita falta desses momentos, principalmente da minha infância, dos meus avós, dos meus pais, meus irmãos., dos meus filhos quando crianças. As vezes a saudade é tão grande que eu tenho a nítida impressão de ouvir o som do passado: São risos, são vozes, são as lembranças que ficarão para sempre porque é a Vida é Renovação.

domingo, 19 de junho de 2011

Como compreender um bipolar

(Por José Luiz de Mello)

Quem sofre do “Transtorno Bipolar do Humor”, vive em um mundo a parte; o mundo de um bipolar não tem as mesmas características do nosso. É um mundo muito mais intenso, um mundo onde tudo o que existe é incomensurável.

No mundo bipolar o sol brilha mais, os dias são mais claros e longos, os bens materiais têm maior importância do que merecem e uma simples palavra pode ser arrasadora ou profundamente confortante.

Os sentimentos não cabem no limite do corpo muitas das vezes extravasando das formas mais variadas e incompreensíveis possíveis.

No mundo bipolar as noites são mais escuras, de um céu nublado sem estrelas nem lua e o silêncio conforta mais do que a mais linda das melodias ou todas as palavras do mundo.

Para um bipolar, fatos que são plenamente compreensíveis e aceitáveis como a morte de um parente mais idoso ou que sofre de uma doença incurável, fatos estes que apesar de difíceis de serem aceitos, são compreensíveis e remediáveis, assumem grandes proporções e como um pêndulo dentro do cérebro e do coração, vão e voltam, batendo de um lado e de outro, trazendo à tona esse terrível acontecimento, até o fim de suas vidas.

Para um bipolar uma vida rotineira e sem altos e baixos é um conto de fadas, para eles essa vida nunca vai existir. Para um bipolar o momento seguinte é sempre uma incógnita e ao mesmo instante que estão felizes, sorridentes, cheios de planos, sentem o peito cortado por uma tristeza profunda, uma tristeza que surge do fundo da alma e sem pedir licença, toma conta de todo o corpo e, então o que antes era um dia ensolarado de uma linda manhã, transforma-se em questão de segundos em um tenebroso dia de tempestade, sem sol, com o céu escuro e frio e o que antes eram planos de sair, ir a um cinema, um teatro, um shopping, se transforma agora em recolhimento: fechar todas as cortinas, apagar todas as luzes e ficar sozinho. Se recolher à clausura, debaixo de um cobertor, sem querer ouvir nem um som sequer.

Mas o que fazer se nem dormir direito se consegue? O que fazer se o mundo lá fora bate à sua porta? Se os amigos insistem em ligar? Isso são infortúnios que nem todos saberão administrar.

Por outro lado, quem pode afirmar que um mundo sem extremos é lindo?
Que um mundo só de alegrias ou só de tristezas é um mundo maravilhoso para se viver?

Não é não! É entediante!

Minha esposa é bipolar e vivo com elas há mais de 20 anos. Não sou psicólogo, psiquiatra, não me formei em nada disso, mas podem acreditar, sei do que estou falando:

- a vida ao lado de um bipolar pode ser maravilhosa - cheias de altos e baixos sim - mas nem por isso deixa de ser maravilhosa.

Se você tem uma mulher ou um marido que um dia sorri pra você, te cobre de beijos e em no outro chora e se recolhe, não querendo sair de casa e se afunda em medicamentos, não faça disso um poço sem fundo, viva a vida do seu jeito e deixa que ela(e) viva a dela(e) da melhor maneira possível.

Não tente moldar sua(seu) companheira(o) do seu jeito, respeite os sentimentos de quem compartilha com você toda sua intimidade, compreenda que um bipolar não consegue esconder quando está triste, assim como nós que conseguimos esboçar um falso sorriso, mesmo nas horas mais amargas.

Não julgue uma pessoa que não pode esconder com uma lágrima quando está eufórica, transbordando alegria por todos os poros.

Essa compreensão fará muito bem a quem vive a seu lado e tenha certeza, você vai descobrir que fará um bem muito maior a você mesmo(a).
(para Maria Tereza)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Teste de Bipolaridade

Teste Psicológico para Identificar Transtorno Bipolar

O "Transtorno Bipolar do Humor" é considerado uma perturbação afetiva com alternância de episódios maníacos e depressivos. No episódio "mania" a pessoa apresenta um estado exaltado de humor e no episódio "depressivo", apresenta humor rebaixado, mostra-se deprimido e desmotivado.

Muitas pessoa têm essa síndrome sem sequer imaginar que a tenha. Faça esse teste e veja se você tem "Transtorno Bipolar do Humor"

Instruções: Os itens abaixo se referem ao modo como você sentiu e tem se comportado durante grande parte da sua vida.

Se você tem sido geralmente de uma maneira, e percebeu que estas alterações ocorreram recentemente, suas respostas devem refletir como está se sentido agora.

Para que os resultados deste teste sejam mais exatos, você deve ter acima de 18 anos e ter tido pelo menos um episódio de depressão.

(   0)  Nunca
(   2)  Muito pouco
(   4)  Razoavelmente
(   6)  Moderadamente
(   8)  Frequentemente
( 10)  Muito frequentemente


1. Às vezes sou muito mais falante ou falo muito mais rápido do que o habitual?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

2. Houve momentos em que eu era muito mais ativo ou fazia muito mais coisas do que o habitual?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

3. Percebo que meu humor está muito acelerado ou me irrito a toa?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

4. Já me senti ao mesmo tempo, altamente motivado e agora sinto-me com a alto estima baixa, sem motivação e ânimo para fazer nada?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

5. Às vezes estou muito mais interessado em sexo do que o habitual?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

6. Minha autoconfiança varia de muito confiante a igualmente muito inseguro?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

7. Houve grandes variações na quantidade ou qualidade do meu trabalho?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

8. Por nenhuma razão aparente, muitas vezes me vejo zangado e hostil?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

9. Tenho períodos de confusão mental (introspecção) e outros períodos de muito pensamento criativo?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

10. Às vezes eu fico muito interessado em estar com as pessoas e, em outras vezes, eu só quero ficar sozinha com meus pensamentos.

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

11. Tenho tido períodos de grande otimismo e outros iguais períodos muito pessimistas?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

12. Já tive períodos de turbulências quando choro e em seguida fico rindo e brincando excessivamente?

(---) Nunca
(---) Muito pouco
(---) Razoavelmente
(---) Moderadamente
(---) Frequentemente
(---) Muito frequentemente

Se o seu total foi de 0 a 9:
Você não tem transtorno bipolar.

Se o seu total foi de 10 a 15:
Você tem possibilidade de estar com distúrbio depressivo.

Se o seu total foi de 16 a 24:
Você pode estar mostrando sinais de transtorno bipolar ou de transtorno depressivo.

Se seu total foi de 25 a 35:
Você mostra tendência a transtorno bipolar.

Se o seu total foi de 36 a 50:
Você apresenta sintomas de transtorno bipolar.

Se o seu total foi acima de 51:

Você é um bipolar e deve buscar ajuda.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Depoimentos sobre Bipolaridade

Depoimento sobre o "Transtorno Bipolar do Humor" apresentado no Canal Viver a Vida.

Danielle Porto, 41 anos, Rio de Janeiro:

Com 36 para 37 anos eu conheci uma pessoa, casamos na igreja e quando ele tinha 32 para 33 anos ele surtou. As pessoas pensavam que ele era um dependente químico e eu era a única que acreditava que ele tinha um problema de transtorno do humor.

Nunca o rejeitei, eu sempre estava por perto, mas ele foi para a rua, perdeu tudo, porém o preconceito maior foram as pessoas me colocarem contra a parede para que eu desistisse dele, mas não desisti.

Consegui interná-lo, ele fez um tratamento e no ano que vem já vai trabalhar. Continuamos apaixonados e eu tenho isso como uma vitória na minha vida, não só por salvar meu casamento, o meu amor, mas principalmente por salvar um ser humano. Ele é um parceirão pra mim e sou uma parceirona pra ele e estou muito feliz com minha vida.

Perguntas e respostas sobre bipolaridade, apresentado por Estêvão Bittar (psicólogo):

Vamos agora a primeira pergunta apresentada por Reinaldo. Ele escreveu o seguinte:

- Estêvão, o meu humor é muito instável, alguns dias eu me sinto extremamente feliz e motivado, saio com meus amigos e trabalho incansavelmente, de vez em quando, eventualmente acordo angustiado e sem vontade de sair da cama. Até já perdi um emprego em uma dessas crises. Minha pergunta é a seguinte: Posso estar com o "Transtorno Bipolar do Humor"? Existe cura pra isso?

- Reinaldo, veja bem, as variações do humor fazem parte do funcionamento humano normal, ninguém consegue ficar de alto astral todo o dia, assim como ninguém consegue ficar mal a todo o momento, porém o mais comum é que existam pequenas variações e que cada dia seja um pouquinho diferente do outro. As oscilações normais do humor podem ser causadas por diversos fatores, como questões de alimentação e de sono por exemplo. Se uma determinada noite você dorme mal, é óbvio que no dia seguinte você estará um pouco desanimado e até mesmo irritadiço. Agora se você se alimenta bem e dorme bem, aumenta sua chance de ter um bom dia, então já que o humor pode ser influenciado por tantos fatores, sempre que alguém me procura queixando-se de instabilidade emocional, eu faço uma investigação das causas. Antes de tudo eu quero saber se as variações possuem alguma relação com as coisas que acontecem na vida dessa pessoa.

Certa vez eu atendi um senhor que se queixava de instabilidade do humor, no entanto, quando eu lhe perguntei sobre suas condições de trabalho, ele me contou que trabalhava com investimentos de alto risco, de modo que a cada dia ele tinha que tomar decisões difíceis que poderiam ou não ser as corretas, sendo assim, as vezes ele ganhava muito e em outras perdia muito, então ficou evidente pra mim que o problema não era com ele, não era ele que era instável, mas sim sua vida e o seu humor era uma reação natural à sua forma de trabalhar, no entanto existem realmente pessoas que sofrem alterações do humor muito bruscas muito extremas e sem nenhuma razão aparente e essas variações extremas são diferentes das variações comuns que a maioria das pessoas experimentam e é muito difícil encontrar as causas dessas variações e nesses casos onde as mudanças são extremas e sem nenhuma razão aparente o indivíduo pode ser citado como portador do "Transtorno Bipolar do Humor" que você citou que é um tipo especial de doença depressiva.

Esse transtorno é bastante comum e alterna duas fazes: a fase maníaca e a fase depressiva e funciona mais ou menos assim.

Quando o indivíduo está na fase maníaca ele tem o humor exaltado, fica inquieto e extremamente ativo, é como se ele estivesse ligado no 220 e quando essa fase passa, a pessoa entra na fase depressiva e então ela se fecha no quarto, sente-se angustiada e não encontra razão para trabalhar nem para viver e passado então um tempo, volta novamente a fase maníaca e mais uma vez o indivíduo fica expansivo e elétrico e assim as fases vão se alternando, uma após a outra.

Quando esses episódios são muito intensos os pacientes recebem o diagnóstico de "Transtorno Bipolar", mas se por outro lado as oscilações forem mais rápidas e menos intensa, o diagnóstico é de "Transtorno Ciclotímico", mas no geral, na prática a lógica desses dois transtornos é muito parecida.

Os pacientes bipolares devem ser acompanhados de perto, isso porque na fase maníaca, é comum que as pessoas esqueçam seus limites e ai elas se afundam em dívidas, pulam de um relacionamento para outro, fazem compromissos que não podem cumprir, querem comprar tudo o que encontram pela frente e assim por diante e na fase depressiva a pessoa se arrepende e amarga as consequências do que fez na fase maníaca e isso aprofunda a depressão, no entanto esse arrependimento é transitório, pois quando volta a fase maníaca a pessoa faz tudo novamente.

Nos casos mais graves os pacientes podem até experimentar delírios e alucinações podendo inclusive perder o contato com a realidade e esse quadro é conhecido como "Psicose Maníaco Depressivo" é grave e requer um tratamento muito especializado, além disso, existem também o risco do suicídio quando a pessoa é atingida pelo "Transtorno Bipolar do Humor".

Um paciente que possui depressão comum, por exemplo, pode até fazer planos de se suicidar, porém as vezes ele está tão deprimido que nem encontra energia para concretizar seus planos, mas o paciente bipolar pode fazer os planos durante a fase depressiva, quando ele está angustiado e concretizar esses planos quando está entrando na fase maníaca, porque nesse momento ele vai ter mais energia e disposição, por isso o risco de suicídio é maior na depressão bipolar do que na depressão comum, mas felizmente existe tratamento para esse problema e alguns antidepressivos podem ajudar, também existem medicamentos que ajudam a estabilizar o humor e os psicólogos também podem oferecer uma terapia que ajuda os pacientes a aprenderem formas mais eficazes e saudáveis de lidarem com as oscilações do humor, no entanto é importante lembrar que o "Transtorno Bipolar do Humor" possui um forte componente genético e o tratamento farmacológico é de extrema importância, então se você acha que pode estar com esse problema, não deixe de buscar atendimento psicológico e psiquiátrico e talvez você descubra, como eu já descobri com alguns pacientes que a sua instabilidade pode ser causada por problemas externos que podem ser resolvidos ou então você realmente receba o diagnóstico de "Transtorno Bipolar do Humor", mas de qualquer forma, as oscilações excessivas do humor sempre indicam que alguma coisa não está indo muito bem na nossa vida e quando as coisas não estão indo bem, o melhor a fazer é buscar ajuda disponível.

sábado, 11 de junho de 2011

Adaptação do Vídeo "Como é ser um bipolar por um bipolar"
(postado no Youtube por Marcos Cruz)

Ser bipolar é acordar com disposição para consertar tudo que está quebrado em casa, passar horas elaborando projetos maravilhosos, estudar com afinco para as provas, se achar melhor e mais inteligente que a maioria das pessoas ao redor, ir para a escola ou trabalho e produzir tanto, ter tantas idéias, impressionar tanto até chegar ao ponto de provocar a inveja e a ira dos que o rodeiam.

Colecionar tantos admiradores verdadeiros por seu talento nato de liderança, quanto inimigos ferrenhos dispostos a tudo para tirá-lo do caminho, podendo permanecer nesse estado dias, semanas, meses a fio ou apenas algumas horas.

Ver as situações rotineiras passarem a ser insuportáveis, as mais insuportáveis do mundo e, de repente, sem nenhuma razão aparente, começar a se irritar com tudo e com todos à sua volta, passar a enxergar a própria rotina como uma incomensurável tortura e sentir a necessidade insuportável de buscar por novidades.

Perceber que as pessoas que nos rodeiam já não conseguem mais permanecer tanto tempo ao nosso lado;
Ver que a criatividade até então fantástica, começa a desaparecer lentamente e despencar de vez por um espiral gradual, constante e sem fim até o fundo do poço.

E  pouco a pouco ir percebendo que toda aquela disposição exacerbada para o trabalho e para o estudo já não mais existe. Ver que agora só uma grande solidão reina em nosso coração, desejando apenas dormir e quem sabe não acordar nunca mais.

Perceber que pensamentos obscuros e autodestrutivos se apossaram de nós.

Você pode até estar pensando que uma pessoa normal também age assim, sentem-se um dia triste, outro dia alegres, porém quem sofre do Transtorno Bipolar do Humor consegue atingir um limite ainda maior do que a normalidade, tanto para a alegria ou para a tristeza e alguns sem o tratamento adequado, chegam até as raias da loucura ou a psicose e a depressão sem tratamento pode levar ao suicídio.

O pior que uma pessoa depressiva pode ouvir durante um surto é: "Isso é falta do que fazer", "Isso é falta de uma religião", quando uma pessoa depressiva em surto ouve isso, piora ainda mais e o pior de tudo é que ela não tem forças para fugir disso porque não tem controle de si no momento e apenas escuta e sofre.

O melhor que uma pessoa que convive com outra assim é levá-la a um psiquiatra que explique pra ela o que é depressão e lhe prescreva uma medicação correta. Nunca tente fazer o papel do médico, não tenha preconceito com relação a psiquiatria, pois isso irá atrasar ainda mais o tratamento bipolar.

Cerca de 80% dos portadores de bipolaridade sem tratamento tornam-se alcoólatras ou dependentes de outras drogas mais pesadas e uma outra grande parte partem para um método mais radical que é o suicídio

O portador da "Síndrome do Transtorno Afetivo Bipolar" pode ter uma vida afetiva normal se seguir uma rotina de tratamento correto, com consultas rotineiras e terapias.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sentimentos x Sintomas

Estou muito confusa em relação aos meus sentimento e/ou sintomas. Não estou conseguindo definir bem se estou deprimida ou tremendamente saudosa e solitária. Mais uma coisa leva à outra e os medicamentos vão segurando.

Espero que segurem o suficiente para eu terminar a semana sem aquela sensação de vazio e angústia.

Sei que vou me repetir, mas na verdade, o frio não tem ajudado para que eu possa sair, fazer algo diferente... Ir ao shopping (Isso é meio perigoso, mas me relaxa muito). Estou sendo muito rígida comigo mesma., pois já há algum tempo que venho me  controlando e me policiando.

Gostaria de poder falar com pessoas que sentem o que eu sinto. Trocar idéias. Aliás, minha intenção ao fazer o blog foi essa. Mas parece que as pessoas têm medo de se mostrarem. Não precisa se identificar, se não quiser, apareça com pseudônimo, um apelido, ou qualquer coisa que seja.

Mas, que tal conversarmos um pouco? Acho que isso nos ajuda. Estou a espera de seguidores e pessoas que queira dividir comigo esse espaço para diminuirmos as nossas angústias.

A mídia está aí mesmo, todo dia, focando o  assunto:

RIO - A Londres do século XIX, o Vietnã conflagrado, uma aldeia da Rússia czarista, a Nova York dos hippies, a Áustria ocupada, o Brasil imperial. Via de regra, na crescente indústria brasileira de musicais, é do exotismo das ambientações que emerge boa parte do espetáculo.

Peças sobre grandes nomes da música são a principal exceção. Há outras, mas, se depender dos produtores Tadeu Aguiar e Eduardo Bakr, uma delas vai deixar de ser.

A dupla está empenhada nos musicais do cotidiano e das relações afetivas.  Vem daí  "Baby", saído da Broadway dos anos 80 e trazido para o Rio de Janeiro atual.

Estréia dia 13 no João Caetano e ocupa o enorme palco o maior teatro carioca com uma trama onde tempo e lugar não são personagens espaçosos. As relações amorosas mais básicas são o que importa.

Principalmente as familiares. A casa, ilustrada por elementos exíguos, é o cenário fundamental. O espetáculo deve emergir do jogo entre os atores.

E da música.  RIO SHOW :   Confira a programação do espetáculo. O cotidiano em "Baby" é a rotina em ebulição de casais descobrindo-se "grávidos" em três etapas distintas da vida

- na pós-adolescência, aos 30 anos e já com o ninho vazio, aos 50. Uma coleção de história sobre as quais dificilmente já não se viveu ou testemunhou algo parecido.  Para os produtores e para o diretor, o americano Fred Hanson, é o tipo de espetáculo que representa uma alternativa necessária às franquias célebres e grandiloqüentes.

A convicção do senso de oportunidade é tal, que outros três musicais de linha semelhante serão levantados pelos produtores em seqüência, entre eles o premiado "Next to Normal", que quebrou paradigmas ao levar à Broadway o drama de uma dona de casa bipolar.

Para "Baby", diferentemente de outras grandes produções recentes, não havia fórmulas de encenação definidas em contrato. Hanson sequer assistiu ao espetáculo original.

O carinho que nutria pela peça vinha das canções de David Shire e Richard Maltby Jr., que ouvia com freqüência e prazer em audições. (Em português, as versões são de Tadeu e Flávio Marinho.) Ao ser convidado para dirigir, Hanson mergulhou na história e ficou certo de que o despojamento lhe cairia bem.

- A versão original (de "Baby", de 1984) não é localizada num lugar especifico. Tem que se entender que são pessoas normais, que existem no mundo inteiro

- diz o diretor, em bom português, que aprendeu dos amigos que fez no Brasil bem antes de dirigir aqui as versões de musicais exemplares da fantasia distante, "Miss Saigon" e "Jekyll & Hyde".  Quando encerrar "Baby", Hanson também mergulha em "Next to Normal".

Vencedora do Pulitzer de 2010 e três prêmios Tony em 2009, a peça traz outro tipo de família. Dessa vez, em frangalhos. No centro, uma dona de casa em profundo sofrimento psíquico. E em sua cabeça intoxicada pelo melhor da farmácia moderna para os males da alma, também há um filho. Um "superboy" como se queixa a irmã ignorada, que a mesma canção chama de "invisible girl" (garota invisível).

- "Next to Normal" é uma trama familiar incrível. É uma "(Quem tem medo de) Virgina Woolf" moderna

- diz Tadeu Aguiar, lembrando a obra-prima do dramaturgo americano Edward Albee, em que a ilusão de um filho mantém um amargurado casal de meia idade paradoxalmente unido e em pé de guera.

Do elenco que vai encarar essa próxima empreitada, já estão definidos Soraya Ravenle no papel principal e o próprio Tadeu, que fará o pai cuidador e aparentemente centrado que se obriga a manter os pratos girando no ar.

Na Broadway, o tema inóspito da bipolaridade e a simplicidade da cena (seis atores num cenário de estruturas secas de metal e vidro) pegaram muita gente de surpresa. Sem peripécias de cortar a respiração da platéia e aparato externo para sufocar os atores, a beleza da música e o poder da interpretação podiam respirar.

E sobressair.

A música de Tom Kitt ("Alta Fidelidade" ) é um pop rock que alcança tons de tremenda angústia, intensificada pela letras e diálogos desconcertantes de Brian Yorkey (é dele o Pulitzer).

A interpretação da protagonista Alice Ripley levou o Tony.

Em "Baby", as linhas musicais de David Shire ("Os embalos de sábado à noite") são mais aconchegantes ("Ele tem uma sofisticação de bossa nova", diz Hanson). A trama, apesar de cruzar com separação e aborto, é menos árida, nos diálogos de Sybille Pearson (indicada ao Tony por "Baby") e nas letras de Richard Maltby Jr. ("Miss Saigon").

Mas os atores também acharam ali um exercício que julgaram revigorante.
- O maior desafio é que é um espetáculo que tem que se fazer de verdade. São pessoas comuns. Não são caracterizado, caricaturais.

São comuns, na vida cotidiana. A gente faz musical há muito tempo. E pela primeira vez a gente fez trabalho de mesa num musical. Quase stanislaviskiano - conta André Dias ("Avenida Q" e "Era no tempo do rei").

- Normalmente tem um lado prático muito grande. A gente vai fazendo a partir da forma, e da forma vai tirando o conteúdo. Aqui, fez o oposto.

A gente fez trabalho de mesa, gênese de personagem e entrou em cena o personagem todo estudado.

André divide palco com as "mães" Amanda Acosta ("My Fair Lady"), Sabrina Korgut ("Avenida Q") e Sylvia Massari ("A gaiola das loucas"), com os "pais" Olavo Carvalheiro (estreante em grande produção) e Tadeu Aguiar ("Esta é a nossa canção") e com mais 12 atores no elenco de apoio.

Amanda Acosta lamenta o fato de o estudo aprofundado dos personagens e do texto ser incomum nos musicais.

- Tem musical que vai para esse lado mais fácil, mas depende também do diretor. Muitos personagens perdem-se porque se fica no superficial. Acontece muito isso. É uma pena

- diz a atriz.  Antes de "Baby", Tadeu e Eduardo já tinham enveredado para o lado mais psicológico dos musicais, com "Esta é a nossa canção", sobre a relação entre um compositor e uma letrista. Entre "Baby" e "Next to Normal", eles vão dar uma pausa nos temas de família e voltar às relações de casal, com "As quatro faces do amor", em que dois casais vivem todas as possibilidades de combinação entre si. O texto é de Eduardo Bakr, autor da pesquisa que resultou na seleção das músicas da peça - todas saídas da obra de Ivan Lins.

- Uma delas será inédita, para o espetáculo

- diz Tadeu, que conta com Tiago Fragoso e Mariana Rios no elenco e Cininha de Paula na direção.  Para mais adiante, Tadeu e Eduardo já têm engatilhado o espetáculo "The story of my life", produção recente da Broadway como "Next to normal".

Dessa vez, uma história de amigos.

- Um é escritor e o outro é um filho de um dono de livraria. Eles prometem que, quando um dos dois morrer, o outro fará a eulogia no enterro

- conta Tadeu.

- O que se torna escritor volta à cidade quando o amigo morre. Ele se tornou um escritor de sucesso em cima das histórias que ouvia do amigo na livraria. Mas o que ficou na cidadezinha havia matado, talvez por não suportar o sucesso do outro.  Os produtores não temem o peso do assunto.

- A gente tem sempre o desejo de falar de coisas em que a gente acredita e vão suscitar transformação. A gente não quer só a diversão - diz Eduardo Bakr.

- Claro que é uma pretensão. Mas é a pretensão do artista.

A gente busca temas que belisquem, que as pessoas levem para depois do jantar.

(Globo Online de 12/05/11)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Rotina / Saudade

Rotina/Saudade

Esse espaço não  chega a ser um diário, mesmo porque nem todos  os dias eu tenho vontade de falar e expressar meus problemas  quanto à bipolaridade e suas consequências na  minha vida e na dos que me rodeiam.

Hoje, por exemplo, em plena segunda-feira, de uma manhã muito fria e com uma gripe  muito forte, daquelas que não deixa você dormir por causa da tosse , nariz entupido e garganta em brasa, eu cheguei a ficar em dúvida se estava deprimida por causa do frio, da solidão do apart., da falta de expectativa ou se pelo conjunto de tudo isso.

É claro que cheguei a conclusão que o conjunto de todos esses fatores me deixaram assim... Totalmente sem vontade de nada: sem vontade de falar, de comer, de fazer absolutamente nada.

Quando acontece isso, prefiro evitar o telefone, não sair em hipótese alguma e falar apenas com quem convivo diariamente; mesmo assim somente o suficiente. É que tudo me incomoda: da mesma forma que o barulho, o silêncio.

Será uma crise?  Não, não considero uma crise, apenas  mais um momento de irritabilidade, próprio da doença, mas que  não chega a afetar em muito, a minha rotina.

O que me afeta mesmo é a saudade. Não sei porquê tenho uma saudade tão grande. Eu considero essa saudade um sentimento que me acompanhou durante toda a minha vida. Desde quando eu  era criança;

Quando eu me separava  temporariamente de alguém da minha família, quando meus pais precisavam viajar, até mesmo quando meus irmãos saiam para lugares que eu não podia ir  por ser bem mais nova: eu ficava muito triste, me sentia perdida e sozinha.

Hoje em dia essa saudade ,é claro, se acentuou muito mais porque eu estou morando longe de minha mãe, meus irmãos e filhos e sobrinhos.

A saudade é um sentimento que para mim dói no peito, aperta mesmo. Aí eu fico sem chão e choro, choro muito...

domingo, 5 de junho de 2011

Transtorno Afetivo Bipolar
(Transcrição da declaração do Dr. Cesar Vasconcellos de Souza para o Portal Natural)

O "Transtorno Afetivo Bipolar" é um tipo de doença que é bastante conhecido na mídia e que também tem uma incidência bastante grande no âmbito mundial, que antigamente era conhecido como "Psicose Maníaco-Depressiva".

O "Transtorno Afetivo Bipolar", como o próprio nome já diz: "Bipolar", tem duas fases, uma fase de "Manias", não as "Manias" no sentido popular, no sentido de mania, mas de animação excessiva, associado ao quadro depressivo, apresentando dois polos, e por isso se chama "Bipolar".

A pessoa que tem o "Transtorno Afetivo Bipolar", pode ter uma crise de "Mmania", onde a pessoa fica super excitada, super eufórica e agitada, com mil planos, mil idéias, mas desconectadas com a realidade, podem haver graus  diferentes, já que existem os graus "bipolar I" e o "bipolar II". No quadro de bipolaridade I, a pessoa tem um quadro maníaco importante e o quadro depressivo e o "bipolar II" tem o quadro conhecido como hipomaníaco que é mais amenizado em relação a esse momento eufórico.

A pessoa que tem o "Transtorno Afetivo Bipolar", pode ter apenas uma crise na sua vida maníaca ou eufórica, associada a uma ou mais crise depressiva, não precisa ter passado necessariamente por várias crises ao longo da sua vida ou permanecer em crise o tempo todo.

A crise maníaca se caracteriza basicamente por uma fuga de idéias, uma agitação psicomotora, uma inquietude, com idéias ixageradas, ela por exemplo quer comprar coisas que não tem condições de comprar, porque ela se acha capacitada pra isso, porque está eufórica, dominada e quando está numa crise importante, chega a acordar as 2h da manhã e ligar para as pessoas, sem querer saber se a pessoa está dormindo ou não, porque ela está fora da realidade, está em uma "Crise Maníaca".

A crise depressiva, como o próprio nome já diz, é aquela fase depressiva, de tristeza, falta de energia, baixa alta-estima, falta de capacidade de realizar suas tarefas, portanto para tratar um quadro de "Transtorno Afetivo Bipolar", a medicação é um dos fatores, a psicoterapia é outro fator, a orientação da família, a alimentação, os cuidados físicos, a utilização de recursos mais naturais e exercícios físicos, porque se a pessoa está em um quadro depressivo, a atividade física é um fator muito e importante e em um quadro maníaco, a pessoa precisa de orientação psiquiátrica, provavelmente vai precisar fazer uso de algum neurelético ou sais de lítio, para ter esse controle dessa crise e no quadro depressivo, vai precisar de alguma medicação específica, talvez precise de medicação ou talvez não, mas o que eu quero frisar é que de qualquer maneira, existe sim o tratamento para o "Transtorno Afetivo Bipolar", então você deve procurar um psiquiatra que é o profissional adequadro para esse problema e que poderá orientar adequadamente o paciente a família quanto a esse transtorno e que irá orientar sobre o tratamento mais adequadro em função da fase que a pessoa está vivendo e esse tratamento exigirá provavelmente a medicação, a psicoterapia a orientação da família e algumas orientações gerais para a que a família possa ajudar essa pessoa no seu tratamento afetivo bipolar.

Vídeo apresentado no programa OLGA BONGIOVANNI:

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Bipolaridade (Convívio e Perdas)

Estou voltando de uma viagem. Fiquei quinze dias ao lado de minha família. Em meio a tantos conflitos que envolvem mãe, filhos, irmãos, sobrinhos, enfim as nossas origens, o nosso sangue, vem uma sensação melancólica relativa ao tempo que vivemos e ao tempo que ainda temos de convivência.

Não que eu não tenha noção da perda e como é difícil superá-la. Acho que cada momento que vivi com aqueles que julgo mais fracos foi intenso. Mas terá sido o suficiente? Fico me perguntando por quê?  A morte realmente assusta e não adianta dizer que não temos medo dela.

Eu perdi um irmão há pouco mais de dois anos. Era uma pessoa super alegre, divertida, vivia de bem com a vida mesmo e uma de suas frases inesquecíveis era: “A morte não faz parte dos meus planos. “A lembrança que ficou dele foi a mais positiva de todas, embora sua alegria e seu entusiasmo nos façam tanta falta... Chega! Não vou mais falar sobre coisas tristes. Não estou deprimida. Estou apenas filosofando e constatando que precisamos aproveitar cada minuto especial que vivemos ao lado daqueles que nãos são especiais.

O Preconceito ainda é muito grande

Por mais que se fale no assunto, na mídia em geral, em livros especializados, infelizmente o preconceito ainda é muito grande e é preciso conscientizar as pessoas sobre o problema.

Hoje eu tive um exemplo típico de preconceito e total desconhecimento sobre o que é o Transtorno Bipolar. Para divulgar o meu blog e também ajudar as pessoas, postei num site relacionamentos o nome do site e como acessá-lo. Para surpresa muitas pessoas que eu julgava terem conhecimento do problema, enviaram mensagens hostilizando o tema e debochando do Título.

Algumas até me mandaram mensagens solicitando explicações sobre a minha postura.

Foi uma decepção terrível. Quero que essas pessoas saibam que sofro sim desse problema, mas não me envergonho. Faço tratamento para amenizar os sintomas; conto com a ajuda do meu companheiro e de toda a minha família no sentido de não ser marginalizado, o que infelizmente acontece em muitos lares e famílias.

Santa Casa abre vagas para crianças bipolares

O serviço de psiquiatria infantil da Santa Casa de Misericórdia do Rio abriu 80 vagas para crianças e adolescentes, entre seis e 14 anos, que sofram de depressão e transtorno bipolar. Os inscritos passarão por uma avaliação com médicos e psicólogos, que levarão em conta o cotidiano e seu relacionamento escolar. Em seguida, elas começarão o tratamento com atendimento terapêutico individual. Os pais também passarão por avaliação neuropsicológica.

De acordo com o chefe do serviço Infanto-juvenil do Ambulatório de Psiquiatria, Fábio Barbirato, a bipolaridade é caracterizada pelos múltiplos episódios de depressão e excitação. As mudanças de humor vão desde oscilações normais, como nos estados de alegria e tristeza, até o desencadeamento de doenças, como depressão e mania excessiva. A inscrição deve ser feita no Ambulatório de Psiquiatria da Santa Casa, de 9h às 12h, na Rua Santa Luzia, 206, no Centro. Informações pelo telefone 2533-0118.

Atriz Catherine Zeta-Jones anuncia que sofre de distúrbio bipolar

A atriz Catherine Zeta-Jones iniciou um tratamento para distúrbio bipolar depois de lidar com o estresse da batalha do marido contra o câncer na garganta. Com 41 anos, ela decidiu se internar em um "estabelecimento de saúde mental", no que seria uma breve estadia, informou sua assessora.

O ator Michael Douglas, que teve um tumor em estado avançado diagnosticado na garganta no ano passado, anunciou em janeiro que estava curado.

Em setembro de 2010, Catherine disse que estava furiosa porque os médicos não conseguiram detectar o câncer numa fase inicial. A bipolaridade, também conhecida como psicose maníaco-depressiva, causa severas mudanças de humor, que geralmente duram semanas ou meses.

- Depois de lidar com o estresse do ano passado, Catherine resolveu se internar para tratar seu problema de bipolaridade - disse Cece Yorke, assessora da atriz.

- Ela está se sentindo ótima e ansiosa para começar a trabalhar esta semana em seus dois próximos filmes. Não foi informado quando Catherine teve a doença diagnosticada.

Nas variações de humor, o distúrbio de bipolaridade pode deixar a pessoa depressiva e com uma sensação de desespero; sentindo uma alegria aguda, e manifestar excesso de atividade e perda de inibição; ou num estado misto, que reúne depressão com a inquietação e atividade excessiva em momentos de euforia.

As causas exatas são desconhecidas, mas já foi descoberto que há uma influência genética, que a doença pode estar relacionada a problemas fisiológicos no sistema do cérebro responsável por controlar o humor, e que o estresse pode desencadear essas variações.

Pacientes que sofrem do distúrbio têm mais de um episódio de depressão severa, mas apenas momentos leves de euforia. Mark Davies, da organização de ajuda a pacientes de doenças mentais Rethink, disse que a atriz mostrou coragem em revelar o distúrbio, já que ainda há um estigma de quem sofre com a doença:

- Apesar de ela poder se sentir frágil e vulnerável nessa situação, ela terá dado conforto a muitas pessoas que provavelmente estão sofrendo em silêncio e sentindo uma grande dose de medo.

Davies afirmou que a atriz deve ser submetida à administração de medicamentos e terapia de fala, cada vez mais reconhecida como eficaz em casos de doença mental grave. Estima-se que cerca de 1% da população mundial sofre de distúrbio bipolar.